Entre o Projeto de Lei enviado pela Presidência da República, e aquilo que foi aprovado pelo Congresso Nacional, podemos dizer, sem medo, que houve um verdadeiro estupro da CLT em praça pública.
Os lobbies dos empresários — industriais, agropecuaristas, comerciantes, prestadores de serviços, etc — se assanharam ante a oportunidade única de retirarem direitos já consagrados pela CLT e a Justiça do Trabalho, sem qualquer constrangimento.
Emissoras de TV e grandes grupos de comunicação embarcaram na ladainha — afinal, todos sabemos que “pejotização” de jornalistas, atores, atrizes, diretores é uma “regra” dentro de tais empresas — e ajudaram a propagar o falso discurso de que era necessária tal “atualização”.
Resultado: insegurança jurídica. Para todo mundo: trabalhadores, empregadores, advogados, magistrados, procuradores. A balbúrdia está instalada.
Escrever esta série de artigos é, antes de tudo, um exercício de autorreflexão e expiação de meus temores e angústias: eu mesmo, neste exato momento, estou à mercê de toda essa insegurança.
Mais cedo, escrevi este relato:
Portanto, apertem os cintos e segurem-se firme: graças ao governo mais impopular da história brasileira, todos nós ganhamos — sem querer — um ingresso para uma montanha russa de emoções, de desespero, de pesadelos.
O inferno é agora…